CONSTRUÇÃO DE UM LEGADO: proposições e repercussões da II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo

Autoras: Helena de Madureira Marques e Lisbeth Rebollo Gonçalves

Descrição

RESUMO: Levando em conta o contexto em que emerge a Bienal de São Paulo, em 1951, notam-se efeitos no cenário artístico que são ao mesmo tempo causa e consequência da criação de tal evento. Já a segunda edição da Bienal, desenvolvida pelo MAM-SP em 1953, apresenta ao contexto de arte brasileiro um ambiente em que já está evidente a relevância das bienais para a arte moderna brasileira e internacional. Ainda que emergente, o evento se coloca como ambiente que pretende expor as tendências artísticas e simultaneamente traçar panoramas vindouros do que estaria sendo produzido em arte neste contexto. Sob direção artística de Sérgio Milliet, a II Bienal do MAM-SP assume uma posição mediadora no embate entre arte figurativa e arte abstrata, o que não acontece na primeira edição do evento. Considerando a gestão de Milliet, a Bienal de 1953 traz ao Brasil obras como a Guernica, de Picasso, garantindo ao evento a popularização da Bienal a nível artístico e social, gerando também uma guinada na repercussão causada pela primeira edição. O presente capítulo pretende apresentar o contexto de emergência da II Bienal, bem como os efeitos promovidos pela direção de Milliet num dos debates mais relevantes entre abstração e figuração da década de 1950.

PALAVRAS-CHAVE: Bienal de São Paulo. MAM-SP. Sérgio Milliet. Arte moderna. 1953.