O 1º SALÃO PAULISTA DE BELAS ARTES, AS EXPOSIÇÕES DA FAMÍLIA ARTÍSTICA PAULISTA E O GRUPO SANTA HELENA: uma análise sobre concepções expositivas e trajetórias artísticas

Autores: João Carlos Teixeira Júnior, Maria Carolina Rodrigues Boaventura e Lisbeth Ruth Rebollo Gonçalves

Descrição

RESUMO: Este artigo tem por objetivo analisar o 1° Salão de Belas Artes de São Paulo e as exposições da Família Artística Paulista (FAP) como forma de compreender o contexto expositivo paulistano da segunda metade da década de 1930. Para tanto elegeu-se a trajetória de alguns dos principais pintores do chamado ‘Grupo do Santa Helena’, que participaram de ambas as exibições, como instrumento aferidor das concepções e discursos narrativos de tais mostras. O Primeiro Salão ocorreu no ano de 1934 para dar visibilidade à produção local e, além dos santa helenistas, contou com a participação de alguns nomes do modernismo de 1922. Já a Exposição da FAP, que teve três edições, sendo a primeira em 1937, originou-se de um grupo criado na esteira da constituição de outras associações de artistas, como o Clube dos Artistas Modernos, a Sociedade Pró-Arte Moderna, o Grupo Santa Helena e o Núcleo Bernardelli, entre outros. O Santa Helena, formado originalmente em torno da prática e aprendizado da pintura, em poucos anos passou a ocupar uma posição de relevância no circuito artístico, justamente durante o recorte temporal das exposições aqui analisadas. Assim, como recurso metodológico, analisou-se e sistematizou-se referências de fontes primárias como artigos de jornais, catálogos, textos críticos e publicações da época. A hipótese, portanto, é que o escrutínio desses documentos revele elementos característicos destas mostras, as quais transitam entre a preocupação com uma arte mais acadêmica e o estabelecimento de uma arte eminentemente moderna.

PALAVRAS-CHAVE: 1° Salão de Belas Artes de São Paulo. Família Artística Paulista. Grupo do Santa Helena. Exposições de Arte Moderna – São Paulo.