AS REPRESENTAÇÕES BRASILEIRAS NAS EXPOSIÇÕES DE ARTE LATINO-AMERICANA DO RIVERSIDE MUSEUM EM 1939 E 1940

Autora: Danielle Misura Nastari

Descrição

RESUMO: Em abril de 1939 foi inaugurada a primeira edição da Feira Mundial de Nova York, evento superlativo organizado pela iniciativa privada juntamente com o governo federal estadunidense e que foi utilizado por ambos como ferramenta de promoção da Política da Boa Vizinhança. Para fomentá-la no campo das artes visuais foi criada uma exposição de arte latino-americana situada no Riverside Museum em Manhattan, fora do ambiente da feira, mas uma extensão desta. Nominada Latin American Exhibition of Fine and Applied Art, a mostra contou com a participação de nove nações, entre elas o Brasil. A representação do país foi organizada pelo comissariado brasileiro na feira, que encarregou o diretor do Museu Nacional de Belas Artes, Oswaldo Teixeira, de comandar a seleção das obras. De estilo acadêmico, estas originaram críticas negativas significativas por parte dos especialistas estadunidenses. Consequentemente, na segunda edição da exposição, que se deu em 1940 junto com uma nova temporada da Feira Mundial, o comissariado geral decidiu apresentar pinturas somente de Candido Portinari, que tinha três grandes painéis expostos no pavilhão brasileiro, muito bem recebidos pelos críticos locais. Temos por objetivo mapear a participação brasileira nas duas mostras de arte latino-americana realizadas no Riverside Museum em 1939 e 1940, com foco em sua organização, recepção e resultados, fundamentando-nos em fontes primárias do período como correspondências, artigos de periódicos, memorandos administrativos e relatórios institucionais. Os resultados da pesquisa demonstram que a opção do governo brasileiro por promover Portinari foi significativa no impulsionamento da carreira do pintor nos Estados Unidos.

PALAVRAS-CHAVE: Política da Boa Vizinhança – arte moderna. Exposições – arte latino-americana. Feira Mundial de Nova York – 1939. Candido Portinari.